terça-feira, 29 de março de 2011
Música aos meus ouvidos: Os Seminovos
A banda foi criada em Uberlândia por Maurício Ricardo(É, aquele das tirinhas do BBB e criador do site Charges.com.br) no ano de 2005, E conta atualmente com outros quatro integrantes: Neto Castanheira, Neto Fog, Tchana, Alex Mororó. Já se apresentaram no Programa do Faustão, com a música: "Escolha Já seu Nerd". O interessante da banda é discutir temas polêmicos e simples, como o livro Crepúsculo, emos, patricinhas, casos de professores com alunas, vídeos do youtube como "Jeremias" e "Tapa na Pantera", e ainda têm uma abordagem crítica principalmente sobre a corrupção política. Então dois ótimos vídeos da banda para curtirem:
domingo, 27 de março de 2011
"A propaganda é a alma do negócio"
Hoje eu vou falar sobre "propaganda", convenhamos, com o tempo essa palavra ganhou quase que o mesmo sentindo de mentira. Nada é tão bom quanto na propaganda, os alimentos não têm uma cara tão gostosa, as câmeras não tem tantas funções assim, os carros não são lá essas coisas, os remédios para emagrecer nem emagrecem tanto, aqueles sprays de remover verrugas não removem verrugas, e outras putarias.
Como se já não fosse o suficiente, ainda tem que levar em conta que crianças, e adultos que não cresceram mentalmente, querem tudo o que veem na TV. Basta o pessoal da Malhação, aparecerem com um celular novo e "POW", se vê dele em todos os lugares, e ainda tentam fazer a propaganda do celular "agindo naturalmente":
-Nosaa áámiiga e esse celular, é novo?
-É sim, eu comprei baratinho e ainda pude parcelar em até doze vezes sem juros no Cartão. Com ele eu ouço músicas, acesso a internet, jogo os games mais legais, e ainda tiro fotos.
-Ahh eu vou correndo comprar o meu antes que eu perca essa sensacional oportunidade.
E quando a propaganda é ridícula? Sabe aqueles comerciais irritantes, cheios de palhaçadas e tal? Não? Veja esse comercial e me entenda:
O foda é que os comerciais dessa loja são todos assim, eu pago mais caro pra não comprar lá, já tomei nojo da cara desse filho da mãe.
Eu acho que os comerciais de TV deviam ser regidos rigorosamente pela lei, e deviam ser simples imagens e palavras demostrando o produto de uma forma que dificultasse o exagero e que proibisse que ordens sejam dadas. Algo mais ou menos assim:
É, talvez a coca não fizesse esse sucesso todo se a propaganda dela fosse assim...
sábado, 26 de março de 2011
Bertold Brecht: O Analfabeto Político e Se os Tubarões Fossem Homens
Eugen Berthold Friedrich Brecht, foi um poeta e dramaturgo alemão do século passado. Tentava passar, através de seus textos e peças, uma mensagem de conscientizão política para a população. Recebeu o Prêmio Lenin da Paz em 1954.
Não vou falar muito dele, quero apenas mostrar dois de seus textos mais importantes e críticos.
O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?
Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.
Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.
O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.
Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.
Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.
Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.
Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc.
Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Sistema Educativo: Lixo
Ah eu tava quase terminando esse post quando acabou a energia e tive que recomeçá-lo.
As vezes, no meio de uma aula de matemática ou de química, viajando eu penso: "Caralho, tenho mesmo que estudar isso?". Afinal pretendo cursar história ou filosofia. Decidi desde cedo que não ia querer nada relacionado a matemática, e venho mantendo a promessa. Não digo que matemática não deveria existir, como alguns alunos reprovados dizem, só acho que se não é minha área eu devia estudá-la menos.
Acredito em um ensino médio um pouco mais específico, o aluno já deveria escolher que tipo de faculdade quer e entrar em um ensino que já o preparasse para aquele curso, assim impediria que matérias semi-supérfluas à vida dele, o atrapalhasse. Não digo que não iria mais estudar as outras disciplinas, só que elas seriam menos intensas. Já dá pra saber muito bem o que quer depois que se termina o 9º ano, ou mais ou menos.
Uma coisa que me enoja, é a maneira como a maioria dos colégios trata os alunos. A começar pelo sinal quando vai começar a aula e acabar o intervalo, é uma maneira de tocar um rebanho de animais pra dentro do curral, e sem contar que os portões estão sempre fechados e quem sair ainda é suspenso. Quando o aluno chega ao ensino médio, não é mais uma criança e para que não pense como uma não deve ser tratada como uma. Devem estar conscientes das consequências de seus atos e arcarem sozinhos com elas. Queremos sair? Saímos e nossos pais não têm nada a ver com isso, nem devem ser incomodados. E porque não podemos nem mesmo pegar nossos próprios boletins? Minha mãe raramente tem tempo de ir no colégio pega-lo, tenho esse "trauma" desde pequeno.
Agora quem estuda na rede estadual sabe que o maior problema é o nível dos professores, no meu colégio é cheio de professor que não terminou nem mesmo o ensino superior. Ou seja é possível nos dar aulas tendo estudado apenas uns dois anos a mais do que nós. Contratam professores que as vezes sabem menos do que os alunos mais capacitados. Pelo menos isso é culpa da porcaria do salário de um professor, veja bem: Você é um excelente aluno, tem condições de entrar e concluir um curso que vai te fazer bem sucedido como engenharia, medicina e direito, o que te levaria a ser professor? Então quem são a maior parte dos professores? Quem não teve capacidade de passar no vestibular para cursos melhores renumerados e que vão ensinar quem teve.
Assim fode-se toda a educação brasileira.
terça-feira, 22 de março de 2011
Livro: O Capital versão em quadrinhos
Uma das mais importantes leituras políticas, traduzida à uma linguagem simples e tudo em quadrinhos ilustrativos, que esquematizam e explicam a teoria econômica marxista. Criado por K. Ploeckinger e G. Wolfram, O Capital em quadrinhos, tem a intenção de expandir a Obra de Karl Marx ao público jovem, que dificilmente se interessa pelo assunto e mais dificilmente ainda leria um livro como "O Capital" na versão de Marx.
O pensamento de Karl Marx é extremamente importante de ser inserido no Jovem, que deve estar consciente do sistema político-econômico que está a sua volta. Esse quadrinhos é de muita ajuda por abordar e questionar aspectos do capitalismo, mostrando o seu funcionamento de uma forma que coloca o proletariado em desvantagem.
Sem mais delongas, você pode lê-lo clicando aqui ;D