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domingo, 24 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Capitalismo X Socialismo
Por volta dos meus 13, 14 anos, com o fim do ensino fundamental, mente se expandindo, URSS, II Guerra... Eu fui conhecer o conceito de "modo de produção", a existência do estado, o que era socialismo, e acabei por achar que o socialismo era por essência superior e mais nobre do que o capitalismo, haveria igualdade para todos e poucos outros pontos favoráveis, conheci também o comunismo e o anarquismo(que não são o mesmo tipo de coisa, futuramente explico isso) e passei a apoiá-los apesar do caráter utópico dessas correntes. Depois conheci a questão da individualidade proposta, em minha cabeça, primeiramente pelo controverso ocultista Aleister Crowley e futuramente o filosofo Nietzsche(ando falando nele demais, mas vai passar quando estiver conhecendo idéias de outros) e então chega-se a conclusão de que:
- O Marxismo parte da falsa idéia de que os homens são iguais;
- A natureza mostra que a sobrevivência é dos mais aptos;
- Políticas anarquistas paralisariam o desenvolvimento da humanidade;
- E alguns outros argumentos anti marxistas.
Entretanto o problema não se resolveria por aí, não é bom ser escravo de governantes e ter sua liberdade de agir usurpada, além disso olhemos o contexto histórico de Crowley e Nietzsche, não puderam presenciar a destruição ambiental e o aumento progressivo das culturas de massa. Nem sonhariam com um mundo tão devastado aonde se espera o fim coletivo da vida(ou talvez pior, o acelera). Agora nosso raciocínio se encontra em um insolucionável paradoxo.
Certa vez perguntaram para o professor de história: "Professor qual você acha o melhor sistema?" Ele respondeu: "O que está por vir". Ao fim de cada período histórico a humanidade encontrou um novo sistema, superior ou não ao antigo. Só podemos esperar surgir(ou fazer que surja) algum que ponha igualdade de oportunidades, valorize a individualidade e a liberdade pessoal.
Uma apologia a blasfêmia
Blasfêmia é o ultraje, a difamação a qualquer autoridade tida como digna de respeito, seja ela uma entidade sobrenatural ou não. Sejam deuses ou governantes.Grandes escritores e filósofos foram também grandes profanadores de religiões e autoridades, blasfemou Nietzsche ao escrever seu anti-politicamente correto "O Anticristo", Epicuro ao propor seu famoso paradoxo, ou mesmo Galileu Galilei ao dizer que a terra que girava em torno do sol.
Homens de razão por toda a história sempre viram na blasfêmia uma maneira de libertação, uma demonstração e afirmação da coragem, liberdade, um "sim" à individualidade tão escassa, mas ainda em nosso tempo do que em qualquer outro. A blasfêmia não consiste em um ato de desrespeito como querem os religiosos, não se pode chamar de desrespeito a crítica à seres inexistentes, é antes uma opinião que não deveria atingir moralmente ninguém. Desrespeito é o que a igreja tem feito com homossexuais, seres humanos com direito de escolher qual caminho trilhar.
A idéia da blasfêmia é algo que provoca medo e repúdio por parte dos fanáticos débeis, as ovelhas jamais demonstrariam tanto vigor, tanta audácia para com o desconhecido, para com a santa mentira. Mas para "você" que é ateu, a Heresia é uma oficialização de sua rejeição a fé, a tudo que antes tinha como sagrado. Não é normal que o ex-islã guarde com carinho seu Corão. A blasfêmia ideal é seguida não por um sentimento de culpa, mas sim de indiferença, sentir-se culpado por cuspir em um crucifixo é uma prova de que ainda há resquícios cristãos em sua mente.
Homens de razão por toda a história sempre viram na blasfêmia uma maneira de libertação, uma demonstração e afirmação da coragem, liberdade, um "sim" à individualidade tão escassa, mas ainda em nosso tempo do que em qualquer outro. A blasfêmia não consiste em um ato de desrespeito como querem os religiosos, não se pode chamar de desrespeito a crítica à seres inexistentes, é antes uma opinião que não deveria atingir moralmente ninguém. Desrespeito é o que a igreja tem feito com homossexuais, seres humanos com direito de escolher qual caminho trilhar.
A idéia da blasfêmia é algo que provoca medo e repúdio por parte dos fanáticos débeis, as ovelhas jamais demonstrariam tanto vigor, tanta audácia para com o desconhecido, para com a santa mentira. Mas para "você" que é ateu, a Heresia é uma oficialização de sua rejeição a fé, a tudo que antes tinha como sagrado. Não é normal que o ex-islã guarde com carinho seu Corão. A blasfêmia ideal é seguida não por um sentimento de culpa, mas sim de indiferença, sentir-se culpado por cuspir em um crucifixo é uma prova de que ainda há resquícios cristãos em sua mente.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
A religião não tem culpa de seus seguidores
Hoje eu acordei às 9:30 da madrugada(:-/) e fui pro twitter enquanto tomava café da manhã, me deparo com um Treding Topic "#euescolhifornicar" e pra descontrair twitto: "#euescolhifornicar mas tudo bem sou ATEU, o foda é que quase todo cristão também escolheu, bando de hipócritas", valendo lembrar que sou agnóstico, me digo "ateu" porque é mais cômodo não precisar explicar. Qual não foi minha surpresa quando uma jovem acéfala me responde como se eu tivesse chamado a todos os cristão de hipócritas, já começa não sabendo interpretar uma simples frase. E ainda disse que cristãos só fornicam quando ainda não tinham entrado pra igreja? Ah, senta lá, quase todos os cristãos fornicam. Ela usou apenas de argumentos como "você vai pro inferno" e veio falando que eu não deveria criticar o modo de pensar dos outros. Mas eu quero me formar em filosofia e me voltar a ser um crítico da moral, estaria ela querendo frustrar meus sonhos? Não bastasse, ela disse que apenas dizia a verdade e que era duro ouvi-la. Sorri triste e sarcasticamente, me lembrei de Nietzsche que tanto dizia que para aceita-lo era necessário não sentir a dor da verdade, o coitado deve ter se revirado no túmulo. Deixando a menina de lado, e quando usam argumentos como: "Se Deus não existe me explique como a terra gira em torno do sol", isso prova que a religião realmente pode ser adotada como uma maneira da mente se defender da falta de conhecimento. Ou pior ainda "Se o homem tivesse vindo do macaco haveria macaco virando homem até hoje", essa dispensa comentários.
Indo mais ao ponto, venho aqui defender o cristianismo contra seus próprios seguidores, ora Jesus não era capaz de vencer os "grandes sábios" em discussões? Sem dúvida diferente dos contemporâneos era um homem de notável inteligência. O que faz do cristianismo tão porco é ter sido escolhido para as massas. Foi preciso simplifica-lo ao ponto de que os mais limitados e vulgares pudessem compreendê-lo. Além disse tornou-se em uma espécie de "modinha", apesar de durar tanto tempo e como tal possui em sua maioria seres humanos nada intelectuais. O que era muito diferente de quase dois mil anos atrás, aonde o cristão era perseguido.
O perigo de ser cristão e o ódio por parte da maioria desenvolveria um cristão muito mais fiel e que repudiaram o estado e as massas, é o que acontece com quaisquer ideologias de minorias.
domingo, 10 de julho de 2011
Distopia? O que é isso?
Distopia é uma história de ficção científica, seja em livros ou filmes, que se passa em uma sociedade catastrófica, geralmente acontece no futuro e leva em conta o caminho que a humanidade tem tomado, na verdade extrapolando suas características atuais. A distopia oferece uma discussão ou reflexão acerca daquela sociedade e seus meios, com objetivo de alertar e conscientizar. Provocam no leitor/espectador um impacto, capaz de fazê-lo abominar aquele mundo.
Auldous Huxley, escritor inglês que morreu na década de 60, trouxe ao mundo uma grande obra distópica: Admirável Mundo Novo(Brave New World). O livro descreve o futuro de uma humanidade completamente materialista, aonde dissolve-se a unidade familiar, separam-se as pessoas em classes desde o nascimento, desde cedo os jovens são ensinados que a sociedade depende de trabalhadores e não dos filósofos ou dos poetas, há pílulas que curam enfermidades da alma: tristeza, saudade, solidão. E vai muito além disso.
Outro importante romance que segue linhas semelhantes é A Laranja Mecânica(A Clockwork Orange) em livro escrito por Anthony Burgess ou na versão adaptada ao cinema de Stanley Kubrick. A Laranja Mecânica narra a história de Alex e seus drugues(palavra que significa "amigos", a história é repleta desses neolinguismos), uma turma de jovens arruaceiros que espancam, matam, estupram por simples prazer. Traz uma reflexão principalmente à hipocrisia dos seres humanos. O filme é uma obra de muito bom gosto, cenas fortes, trilha sonora peculiar e as personagens nem se fala, Alex é um jovem fino que faz todas as suas "maldades" com uma pose e uma classe digna de um fã de Beethoven.
Atualmente há algumas obras dessa estirpe na literatura brasileira, que ainda não pude ler nenhuma, dentre elas:
- "Não verás país nenhum" (Ignácio de loyola Brandão);
- "Um dia vamos rir disso tudo" (Maria Alice Barroso);
- "Fazenda modelo" (Chico Buarque);
- "O fruto do vosso ventre" (Herberto Salles);
- Arquipélago (Diogo Mainardi);
- "Adaptação do funcionário Ruam" (Mauro Chaves)
- E alguns outros;
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