sexta-feira, 22 de julho de 2011

Uma apologia a blasfêmia


Blasfêmia é o ultraje, a difamação a qualquer autoridade tida como digna de respeito, seja ela uma entidade sobrenatural ou não. Sejam deuses ou governantes.Grandes escritores e filósofos foram também grandes profanadores de religiões e autoridades, blasfemou Nietzsche ao escrever seu anti-politicamente correto "O Anticristo", Epicuro ao propor seu famoso paradoxo, ou mesmo Galileu Galilei ao dizer que a terra que girava em torno do sol.
Homens de razão por toda a história sempre viram na blasfêmia uma maneira de libertação, uma demonstração e afirmação da coragem, liberdade, um "sim" à individualidade tão escassa, mas ainda em nosso tempo do que em qualquer outro. A blasfêmia não consiste em um ato de desrespeito como querem os religiosos, não se pode chamar de desrespeito a crítica à seres inexistentes, é antes uma opinião que não deveria atingir moralmente ninguém. Desrespeito é o que a igreja tem feito com homossexuais, seres humanos com direito de escolher qual caminho trilhar.
A idéia da blasfêmia é algo que provoca medo e repúdio por parte dos fanáticos débeis, as ovelhas jamais demonstrariam tanto vigor, tanta audácia para com o desconhecido, para com a santa mentira. Mas para "você" que é ateu, a Heresia é uma oficialização de sua rejeição a fé, a tudo que antes tinha como sagrado. Não é normal que o ex-islã guarde com carinho seu Corão. A blasfêmia ideal é seguida não por um sentimento de culpa, mas sim de indiferença, sentir-se culpado por cuspir em um crucifixo é uma prova de que ainda há resquícios cristãos em sua mente.

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